Eu pensei que depois de tantos erros, não mais erraria.
Achei que depois de tantas ressacas morais, não mais me embriagaria.
Senti que depois de tantas desilusões, nunca mais apaixonar-me-ia.
Será que algum dia tudo isso vai fazer sentido ?
Porque agora só vejo o vazio rabiscado pelas minhas confusões.
Confusões nas quais insisto em arrastar quem quer que esteja perto para dentro do meu furacão.
E ele me leva, me faz voar pra longe, longe de casa, longe de tudo, longe de mim mesma enfim.
E tudo eu daria para estar cada vez mais distante, ver uma nova paisagem todos os dias.
Sentir e viver a poesia !
Respirar mais fundo, sonhar mais alto, e descobrir pelo menos uma vez como é não afundar.
Então me dê a mão e me levanta desse chão molhado pela chuva que não para de cair.
Me diz que meu mundo insano é belo para ti.
Me diz que a minha loucura se parece com a sua.
Me diz que o nosso tempo virou lembrança doce que fica repetindo na sua mente.
Eu ousei pensar, achar e sentir.
Eu me questionei "será?" tantas vezes que me perdi.
O medo as vezes bate na minha porta e eu me escondo, meus desejos são perigosos.
O que alguns levam anos pra sentir, eu sinto em um segundo e de repente acaba.
Sou como fogo que logo apaga, não antes de queimar tudo ao redor.
O caos me agrada da mesma forma que a calmaria que tanto anseio.
Entre os extremos da pressa e da tranquilidade, me movo de acordo com a música.
Mas as vezes é como se a minha música não fosse a mesma que o resto está a ouvir.
É tão difícil ser compreendido sem se expor em demasia.
Quantas vezes já perdi as companhias, poucos aguentam estar perto de tanta desarmonia.
Mas também sou alegria, o sorriso que se faz tão rápido quanto a melodia que me desmancha em lágrimas.
Talvez meu sono em excesso seja o cansaço que sinto da vida.
Excesso de tristeza e excesso de alegria.
Eu não sei ser cinza.
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